O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), já anunciou oficialmente, até agora, seis nomes do primeiro escalão do Executivo que continuarão no próximo governo. Há pelo menos outros seis integrantes do mesmo nível que devem ficar nos cargos.
As conversas de Ibaneis com secretários e presidentes de empresas públicas têm acontecido geralmente no gabinete do chefe do Executivo, no Palácio do Buriti. Nos bastidores, o que se diz é que Ibaneis estaria escolhendo, primeiro, as secretarias para as quais quer definir pessoalmente os titulares, para depois designar indicados de aliados aos demais cargos.
Os primeiros nomes anunciados por Ibaneis foram o do secretário de Planejamento, Ney Ferraz, e os das secretárias de Saúde, Lucilene Queiroz, e de Educação, Hélvia Paranaguá. Ibaneis anunciou Ney Ferraz em 7 de outubro, após desmembrar a Secretaria de Economia e recriar as pastas de Planejamento e de Fazenda.
Ibaneis já havia manifestado o desejo de manter Hélvia e Lucilene nas respectivas pastas caso fosse reeleito. Em 19 de outubro, o governador confirmou a permanência da secretária de Educação no governo em 2023, e pouco depois, a da secretária de Saúde.
Em 9 de novembro, o chefe do Executivo anunciou que o atual vice-governador, Paco Britto (Avante) será secretário de Relações Internacionais na próxima gestão. Atualmente, o cargo é ocupado pela advogada Renata Zuquim.
Paco Britto chegou a ser cotado para a presidência da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). O imediato de Ibaneis é visto por interlocutores do governo como um vice conciliador e leal ao governador. Britto é tido como um dos responsáveis pela vitória do chefe do Executivo nas eleições de 2018.
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, é outro nome próximo a Ibaneis e que permanecerá no cargo no próximo governo. O governador fez o anúncio oficial em 11 de novembro, mas já havia dito que queria Bartolomeu à frente da pasta em uma solenidade no Banco de Brasília (BRB) em outubro.
Marcela Passamani, que pediu exoneração da Secretaria de Justiça para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PL, também permanecerá à frente da pasta em 2023. Ibaneis nomeou Passamani secretária novamente em 18 de novembro.
Os extraoficiais
Além dos seis nomes anunciados oficialmente, existem outros secretários que permanecerão à frente das respectivas pastas. Em 17 de novembro, o R7 confirmou que o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira, continuará no cargo em 2023.
Além de Ney Ferraz, anunciado oficialmente, os demais integrantes do grupo de transição de Ibaneis também devem ficar no cargo. São eles o Chefe da Casa Civil do DF, Gustavo do Vale Rocha, o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, e o secretário de Comunicação, Weligton Luiz Moraes.
O R7 adiantou nesta terça-feira (29) que o presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Edison Garcia, também deve permanecer no posto. Próximo de Ibaneis, Garcia é um dos responsáveis pela privatização do setor de distribuição da CEB. A privatização ocorreu em 4 de dezembro de 2020, por cerca de R$ 2,5 bilhões, cerca de R$ 1,1 bilhão a mais que o previsto.