Messi não está tão sozinho com a Argentina na Copa do Mundo

Esporte

O caminho da Argentina até a final da Copa do Mundo de 2022 tem a assinatura do craque Lionel Messi, artilheiro, líder em assistências e referência técnica de uma equipe com um talento limitado.

Mas o goleiro Emiliano “Dibu” Martínez, o atacante Julián Álvarez, alguns grandes nomes e um punhado de promessas também deixaram sua marca no Catar.

Julián Álvarez, ascensão meteórica

Ele estava na Copa do Mundo sobretudo para aprender, mas Julián Álvarez pulou etapas mais rápido do que o esperado e se impôs como atacante titular no lugar de Lautaro Martínez.

Antes da final de domingo, o jovem jogador do Manchester City (22 anos) já tem quatro gols no torneio. Com certeza é mais fácil ao lado de um gênio como Messi. Porém, desde que ganhou a vaga de Lautaro, Álvarez rendeu muito bem e não sucumbiu à pressão que às vezes paralisou alguns de seus companheiros.

E como Messi não pode fazer tudo, ele correu por dois na marcação, dificultado a vida dos goleiros e defensores adversários. “Na idade dele é normal querer conquistar o mundo”, resumiu o técnico da “Albiceleste”, Lionel Scaloni.

De Paul e Mac Allister, bons escudeiros

Com Álvarez na frente, Rodrigo de Paul e Alexis Mac Allister tomaram conta do meio de campo. É certo que o meio-campista do Atlético de Madrid era um presumível titular, mas o desfalque de Giovani Lo Celso lhe deu mais responsabilidade. Com um grande número de arrancadas e muita solidez técnica, é um pilar para Scaloni.

Mac Alister, por sua vez, é a verdadeira surpresa da Argentina no Catar. O meia do Brighton é filho de outro ex-jogador da seleção, Carlos Mac Allister, que jogou com Diego Maradona pela “Albiceleste” antes de se tornar deputado e secretário de Estado de Esportes.

No Catar, Mac Allister compensou com sua versatilidade as dificuldades físicas de Ángel Di María e o decepcionante desempenho de Leandro Paredes, que chegaram ao torneio como titulares.

Otamendi e Romero, experiência e juventude na zaga

“Somos 26 soldados, 26 guerreiros”, advertiu o zagueiro Nicolás Otamendi depois da vitória sobre a Holanda nos pênaltis. Otamendi e Cristian Romero estão na primeira linha defensiva. Sem ser muito grande nem muito veloz, Otamenti (34 anos e 99 jogos) é um jogador experiente que adora os duelos um contra um. No Catar, vem mostrando grande nível, quando parecia que já não era capaz de render.

Ao seu lado, Romero representa o futuro da seleção argentina na defesa. Aos 24 anos, titular no Tottenham, é um dos 19 jogadores da equipe que estreia em uma Copa do Mundo. Aparentemente nervoso no primeiro jogo, foi melhorando. Em caso de necessidade, Scaloni pode escalar cinco jogadores atrás promovendo a entrada de Lisandro Martinez.

“Dibu” Martínez, pegador de pênaltis

A imagem era muito marcante. Ao final da disputa de pênaltis contra a Holanda, todos os argentinos correram até o último cobrador, Lautaro. Todos, exceto um. Messi foi até o outro lado para cumprimentar seu goleiro, Emiliano “Dibu” Martínez, que defendeu os dois primeiros pênaltis da “Laranja Mecânica”. “Disse a ele que era um monstro, que era um fenômeno”, declarou o capitão.

Na terça-feira, contra a Croácia, “Dibu” voltou a ser importante em um pênalti, mas desta vez de maneira indireta: foi ele quem aconselhou Messi a bater forte e no alto contra o goleiro Dominik Livakovic, ao comprovar que o goleiro croata era muito eficiente e rápido nos chutes rasteiros.

Goleiro sem “firulas” e de pouca explosão, Martínez fez um ótimo torneio no Catar, com uma defesa espetacular no final do jogo de oitavas de final contra a Austrália (2 a 1).

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Fonte-Gazeta-Esportiva

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