Exposição de Claudia Andujar revela sua jornada artística e ativista

Cultura

A exposição “Claudia Andujar – Cosmovisão” lança novas luzes sobre o percurso artístico de uma das mais reconhecidas fotógrafas no Brasil. Em cartaz no Itaú Cultural, a mostra reúne mais de 130 trabalhos de Claudia, realizados ao longo de seis décadas no país, desde que, fugindo do nazismo, ela partiu da Hungria e desembarcou em São Paulo em 1955.

Arte e vida caminham juntas na história e na produção artística de Claudia Andujar, que hoje está com noventa e dois anos e vive na capital paulista. A artista e ativista da causa indígena usa a intuição, certa rebeldia e muitas experimentações para criar novas possibilidades de narrar através da imagem.

A mostra propõe um percurso pelos seus trabalhos mais experimentais que expandiram a linguagem fotográfica, entre as décadas de 1960 e 1970, antes de se dedicar à sua extensa obra realizada junto ao povo Yanomami.

Quem passar pela exposição vai conhecer imagens aéreas do centro de São Paulo na década de 1970 feitas com filmes fotográficos infravermelhos. Também verá fotografias com alterações de luzes e cores para registrar as imagens durante as alucinações dos povos da floresta em seus rituais xamânicos.

Juliano Ferreira, curador de artes visuais do Itaú Cultural, indica o que há de mais precioso na obra extensa com mais de sessenta anos de trajetória da fotógrafa.

Ao tornar-se artista, fugindo do nazismo e vivendo no Brasil, Claudia Andujar se dedicou a se aproximar dos grupos vulneráveis. Seu trabalho incansável com os povos Yanomami foi responsável pela demarcação da Terra Indígena Yanomami, em 1992. Outras imagens, entre elas, de pessoas homossexuais na ditadura, mulheres, sonhos e pesadelos compõem o acervo da exposição.

A mostra fica em cartaz no Itaú Cultural, na Avenida Paulista, até 30 de junho.

Fonte-Agência Brasil

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