A classificação dramática da Argentina sobre a Holanda nesta sexta-feira (9), evitou uma marca negativa para as seleções sul-americanas. Seria primeira vez na história que a semifinal da Copa do Mundo seria disputada somente por europeus por duas edições consecutivas. Com o avanço dos Hermanos, a América do Sul volta a ter um representante entre os quatro melhores do Mundial.
Em 2018, a eliminação de Brasil e Uruguai nas quartas de final e da Argentina nas oitavas, fez com que a Copa do Mundo voltasse ter uma semifinal inteiramente europeia. O fato não foi nenhuma novidade em Mundiais, já que em 1934, 1966, 1982 e 2006, os sul-americanos ficaram de fora das semifinais. No entanto, esta seria a primeira vez que ocorreria de forma consecutiva.
Para manter os sul-americanos ainda na disputa e o sonho do tri mais vivo do que nunca, a Argentina teve trabalho para bater a Holanda. Depois de sofrer o gol de empate nos acréscimos, a classificação só foi confirmada na decisão por pênaltis. Como na Copa América de 2021, Emiliano Martínez brilhou mais uma vez e defendeu as cobranças de Berghuis e Virgil van Dijk para garantir a presença argentina na Copa.
De volta a uma semifinal após oito anos, a seleção albiceleste defenderá uma marca expressiva contra a Croácia. Sempre que chegam nesta fase, os Hermanos avançam até a decisão. Com cinco presenças em semifinais, a seleção foi campeã em 1978 e 1986, e ficou com o vice em 1930, 1990 e 2014.
Além do retrospecto favorável aos argentinos, uma marca individual tem caminho aberto para ser batida por Messi. No confronto das oitavas de final, o camisa 10 da seleção igualou Miroslav Klose ao chegar a 24 partidas, como segundo jogador com mais atuações em Copas do Mundo.
Com a presença confirmada na semi, a seleção argentina tem mais duas partidas asseguradas neste mundial. O jogo contra a Croácia e a final ou decisão do terceiro lugar. Com isso, Messi tem caminho aberto para superar Lothar Matthäus (25 jogos) e se tornar o atleta com mais partidas em Copas.
Lionel Messi