A seleção brasileira se despediu da Copa do Catar e deu sequência a um incômodo jejum sem títulos. Assim como entre os títulos de 1970 e 1994, o Brasil vai chegar a 24 anos sem faturar um Mundial.
Até hoje, a maior sequência do Brasil sem conquistas de Copa do Mundo é de cinco edições. Ela ocorreu nos primórdios da competição, entre 1930 e 1954 – período com apenas cinco Copas disputadas por conta da guerra – e também entre 1974 e 1990.
Com a eliminação nas quartas de final em 2022, diante da Croácia, a seleção Canarinho completou quatro Mundiais sem título, mas não só de troféus tem sido o tabu do Brasil em Copas.
Desde o início das Copas, o Brasil não havia tido uma sequência tão negativa, em termos de colocação final, por quatro edições. Desde que foi campeã pela última vez, em 2002, a seleção só atingiu as semifinais em uma oportunidade, na Copa de 2014, em ano do vexame histórico do 7 a 1, e fechou com a quarta colocação.
Nos quatro primeiros Mundiais, quando ainda não era campeão, o Brasil conquistou o terceiro posto 1938 e foi vice-campeão na Copa de 1950, no revés conhecido como o Maracanazzo.
Já no hiato sem títulos entre 1970 e 1994, a seleção ficou com um quarto lugar, em 1974, e com uma terceira colocação, em 1978. Mesmo quando não foi campeão, o Brasil apresentou ao mundo o futebol arte. O Brasil de 1982 é até hoje considerado esquadrão, mesmo que não tenha levantado o troféu.
Geração Perdida?
De 2002 para cá, a seleção brasileira atravessou gerações importantes de jogadores. Seja sob o comando de Parreira, Dunga, Felipão e duas Copas com Tite, alguns dos melhores jogadores do Brasil em suas posições ficaram sem um troféu de campeão. E outros podem trilhar o mesmo caminho.
No gol, Júlio César teve anos de ouro na Internazionale e foi eleito o melhor goleiro de clubes da UEFA na temporada 2009/10. Seguindo com a defesa, um trio de peso se despediu dos Mundiais sem pisar no lugar mais alto do pódio.
O lateral esquerdo Marcelo, multicampeão pelo Real Madrid, já havia se despedido da seleção em 2018. Agora, ele foi seguido por Dani Alves, expoente do Barcelona a da seleção por mais de uma década. Completando o trio, o “monstro” Thiago Silva foi o pilar da defensiva brasileira por anos e anos, e também não terá o título da Copa do Mundo em sua prateleira.
Outros dois nomes de peso da seleção devem ter uma última oportunidade na Copa de 2026, que será organizada por Canadá, México e Estados Unidos. Casemiro e Neymar, ambos com 30 anos, ainda têm futuro indefinido. Mas o sonho de um troféu de Copa do Mundo deve falar mais alto.
Se a história seguir o seu padrão, a chance do Brasil é das melhores. Em Copas disputadas na América, apenas em uma oportunidade uma seleção que não faz parte do continente ficou com o título, em 2014… Como alento, o Brasil ficou com os troféus em 1962, no Chile, em 1970, no México, e em 1994, nos Estados Unidos. Será, enfim, a nossa vez novamente?
