A entrega do relatório da intervenção federal na Segurança do Distritro Federal, que estava prevista para esta quinta-feira (26), foi adiada para a sexta (27). O interventor federal do DF, Ricardo Cappelli, decidiu analisar as novas imagens da invasão do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 8 de janeiro.
Nas novas cenas, é possível ver a falta de comando da Polícia Militar durante o avanço dos extremistas à sede do Poder Judiciário.
No início da invasão, poucos policiais formavam um cordão para impedir o avanço dos vândalos. O vídeo também mostra que um blindado equipado com canhão d’água para dispersar manifestações estava no local da manifestação, mas não foi utilizado.
Há imagens, também, de dentro do prédio do STF. Em uma das gravações, é possível ver um homem usando uma mangueira de bombeiro para danificar a obra de arte Os Bandeirantes de Ontem e de Hoje, de Masanori Uragami, feita em 1971. Em outra cena, dois manifestantes esbarram em bustos e decidem quebrá-los. As imagens são do circuito de segurança do STF.
Nas redes sociais, Cappelli disse que as imagens “confirmam a ausência de planejamento e uma execução, no mínimo, absolutamente fora dos padrões”.
Na segunda-feira (23), Cappelli informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a intervenção federal na Segurança Pública do DF não será prorrogada. Com isso, o governo do DF volta a ser responsável pela Polícia Militar, Polícia Civil e outras instituições militares após o dia 31 de janeiro.
A intervenção federal no DF foi decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 8 de janeiro, quando as sedes dos três Poderes foram atacadas por extremistas.
