No mundo dos aplicativos, colocar um disco de vinil para ouvir pode parecer coisa do passado, mas não é.
O Andye Iore, de 53 anos, coleciona discos de vinil desde a adolescência. Hoje, ele possui cerca de 10 mil unidades, entre a coleção própria e o acervo da loja online.
Andye não está sozinho nesse hobby. Segundo a Associação da Indústria Fonográfica Americana, no ano passado, as vendas de LPs superaram as de CDs. É a primeira vez que isso acontece desde, escutem aí jovens, 1987. Foram 41 milhões de discos de vinil vendidos, oito milhões a mais que CDs.
A Josiele Moreira é dona de um sebo musical em Brasília. Ela conta que os clientes gostam mais do som do vinil e da arte gráfica, da capa e dos encartes.
No Brasil, a situação é diferente dos Estados Unidos. Relatório da Pró-Música, que reúne empresas fonográficas, mostra que aqui no país foram faturados R$ 4,7 milhões no ano passado com vendas de LPs. R$ 2 milhões a menos que com CDs.
Segundo o músico e jornalista Teixeira Quintiliano, impostos e taxas deixam o preço do vinil muito alto, quase cerca de 10% do salário mínimo.
Apesar de menor que o dos CDs, o faturamento com discos de vinil no Brasil dobrou no ano passado em relação a 2021. A onda do vinil também parece estar voltando por aqui.