‘Todo mundo quer baixar os juros’, diz indicado do governo ao Banco Central – Notícias

Política


Indicado para ser o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (9) que a ida para a instituição tem como objetivo convergir as políticas fiscal e monetária. O atual número 2 de Fernando Haddad disse que “todo mundo quer baixar os juros”, atualmente em 13,75%.


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O nome de Galípolo já era cogitado para uma das vagas de direção do BC e deve servir como um termômetro para avaliar a reação do mercado e do governo. Isso porque o titular estuda um substituto para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que tem mandato até o fim de 2024.



Questionado se vai para o BC com a intenção de tentar reduzir a taxa de juros, Galípolo respondeu: “Não necessariamente. Acho que todo mundo quer baixar os juros. Tenho convicção de que toda a diretoria do Banco Central não tem nenhum tipo de satisfação nem profissional nem pessoal ter juros mais altos. Tenho absoluta convicção disso”.


“O que vem sendo feito pela Fazenda é tentar criar um ambiente para que o mercado possa colocar os preços de maneira adequada e o Banco Central sancionar essa redução e juros”, acrescentou.



Com a indicação ao BC, Galípolo informou que o ministro da Fazenda está tentando evitar o que “vem acontecendo há muito tempo na economia brasileira”, que é haver uma política monetária diferente da fiscal.


“Esse tipo de diálogo e esse tipo de convergência é essencial. Eu tenho boa relação com Roberto Campos, com a diretoria, desde o início, o que não significa obrigatoriamente que todo mundo vai pensar igual. É óbvio que existe uma grande afinidade de pensamento com o ministro Haddad, e a intenção é conseguir facilitar esse diálogo, essa convergência das duas políticas”, disse.



Na Diretoria de Política Monetária, Galípolo terá destaque no debate sobre a taxa básica de juros, a Selic, durante as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) — o tema é caro ao governo federal, que tem pressionado o banco para uma diminuição da taxa. Ele vai precisar ser sabatinado pelo Senado antes de assumir.


O lugar ocupado até então por Galípolo será de Dario Durigan, diretor de Políticas Públicas do WhatsApp. Ele foi assessor especial de Haddad na prefeitura de São Paulo. Durigan assume o segundo cargo mais importante do Ministério da Fazenda no momento em que o governo articula com o Congresso temas sensíveis para o Executivo, como o novo marco fiscal — proposta que vai substituir o atual teto de gastos — e a reforma tributária.

Fonte-R7

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