Perto do estádio do Corinthians, um muro exalta o “Terremoto Verde”, parede que faz parte do campo da sede da Associação Atlética Arthur Alvim, clube amador do bairro de mesmo nome na Zona Leste de São Paulo, que fica a 500 metros de distância da Neo Química Arena. Porém, apesar do nome, o local não faz referência ao rival do Timão.
A equipe de várzea joga de verde e branco desde a sua fundação, em setembro de 1937, está na ativa desde então e possui um feito impressionante registrado na sua história: a origem da alcunha remonta à década de 70, quando o Arthur Alvim mobilizou cerca de 18 mil pessoas para assistir a uma partida do time como visitante pela Copa Arizona.
Em 1976, ônibus e carros transportando os torcedores do clube amador pararam na Avenida Radial Leste. A explicação foi dada ao UOL pelo presidente do Arthur Alvim, Jorge Luis Sini Bard, apelidado de Kuka. O dirigente de 64 anos guarda registros do jornal A Gazeta Esportiva da época para eternizar a lembrança, já gravada na memória dos adeptos.
Entenda o nome “Terremoto Verde”
“Por que terremoto? Copa Arizona, 1976. 18 mil pessoas vibraram com a vitória do Terremoto. Terremoto era nós, porque a gente lotava. A gente parava a Radial [Leste]. É uma história que ninguém vai conquistar na várzea. Nem no profissional estão conquistando…”, declarou Kuka.
O clube está instalado na Rua Juciri há cerca de três décadas. Antes de se mudar para o local, a equipe teve campos em outros lugares da região. Um dos antigos espaços do time, conforme afirmou Kuka, era justamente onde a Neo Química Arena veio a ser construída anos depois. Ele relatou que o Arthur Alvim perdeu o campo em questão e que o poder público “ficou de fazer alguma coisa por nós, mas nunca foi feito”.