Após comprar 90% da SAF do Bahia, o Grupo City promoveu uma reformulação geral no clube. Além da chegada de muitos novos jogadores, o treinador também foi escolhido a dedo pela nova direção.
O português Renato Paiva assumiu o comando da equipe no começo da temporada, mas não vem agradando a maioria dos torcedores. No último domingo, depois de empatar o clássico contra o Vitória, na Arena Fonte Nova, o comandante comentou sobre o processo fora dos gramados para defender o estilo de jogo da equipe, que vem sendo alvo de críticas por conta dos resultados.
“A filosofia não defino eu. Define é o grupo que comprou o Bahia. Quem manda no Bahia é o grupo que comprou o Bahia”, disse o treinador em coletiva pós-jogo.
“Venho ao encontro de sua filosofia de jogo, que é o que o grupo entende que quer implementar aqui. Vou sempre acreditar no desenvolvimento dos jovens, que eles têm uma margem e um potencial que ainda está adormecido. Temos algumas decisões, até chegar à zona de cruzamento, de finalização. Não chuta, passa. Ao invés de cruzar para frente, cruza para trás. São coisas do jogo, que começa a sentir a tensão”, completou o treinador.
O Bahia se classificou em primeiro lugar no Campeonato Baiano, mas está com dificuldades contra equipes maiores e em melhor posição no ranking da CBF. Mesmo sob nova administração, o time ainda não venceu clubes de fora do estado nesta temporada (Ferroviário, Sampaio Correa, Fortaleza e Sport), e está na penúltima posição do Grupo B na Copa do Nordeste.
São Paulo e Grupo City
Muito se falou de uma possível venda do Tricolor ao fundo dos Emirados Árabes, que acabou não acontecendo. Como já dito publicamente, o presidente Julio Casares possui uma ótima relação com o grupo, mas não pretende transformar o São Paulo em uma SAF no momento.
O mandatário do Tricolor já tocou no assunto e disse que umahora a mudança ia ser feita, mas que nada é imediato, e que atualmente, uma mudança brusca assim mais atrapalha do que ajudaria o clube.