Revista Oeste é alvo de mentira em relatório da UFRJ

Política

A Revista Oeste voltou a ser vítima de uma notícia falsa. Desta vez, o responsável pela disseminação do boato é uma instituição pública de ensino superior. Produzido pelo Laboratório de Estudos de Internet e Mídias Sociais da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o relatório tem como título “A guerra das plataformas contra o PL 2630”.

O documento cita Oeste no capítulo intitulado “Google indica fontes hiperpartidárias na primeira página de busca”. O teor do estudo foi vazado na segunda-feira 1º, pelo jornal Folha de S.Paulo, que pertence ao Grupo UOL — defensor da aprovação do Projeto de Lei (PL) da Censura. Nesta terça-feira, 2, o estudo serviu como base para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acionar a Polícia Federal contra as empresas Google e Meta.

“Em meio às recomendações de fontes da mídia de legado e sites oficiais, o Google também tem redirecionado usuários para sites nocivos e hiperpartidários na primeira página dos resultados de busca”, afirma um trecho do estudo, que, sem base alguma, acusa Oeste de “fonte considerada bolsonarista e acusada de disseminar desinformação”. Nesse trecho, o estudo mostra uma fake news publicada pelo site Congresso em Foco, também parceiro do UOL. Datado de 28 de abril de 2021, o texto do Congresso em Foco critica a vitória de Oeste na Justiça contra a agência de checagem Aos Fatos.

O trabalho de SEO da Revista Oeste

Flavio Morgenstern, em participação no <b>OesteCast</b> Foto: Reprodução/YouTube

No mesmo capítulo, o estudo — que não é assinado — acusa o Google de exibir com destaque um conteúdo publicado em revistaoeste.com. “O colunista Flávio Morgenstern [articulista e editor de vídeo de Oeste], influenciador de direita e ex-funcionário da Brasil Paralelo, divulga o Placar do PL 2630, também elaborado pelo Boletim da Liberdade”, diz um trecho do material. O conteúdo citado pela universidade foi publicado em 24 de abril.

Diferentemente do que acusa a UFRJ, a boa colocação da reportagem de Oeste não se deve à preferência do Google, mas a um trabalho intenso do chamado “search engine optimization” — um conjunto de técnicas popularmente conhecido pela sigla SEO, que prioriza publicações que seguem determinadas regras de estrutura e que não têm nenhuma relação com o posicionamento ideológico de um texto sobre determinado assunto. O SEO beneficia qualquer publicação que siga essas regras.

Fonte-R7

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