O estado de Pernambuco passa a ter 115 Patrimônios Vivos registrados, de diferentes regiões, com a escolha de mais dez mestres, mestras e grupos da cultura popular.
Entre os dez novos nomes reconhecidos, estão uma mestra do maracatu do Recife, um artesão da zona da Mata e um maestro de frevo.
Os dez novos patrimônios vivos foram escolhidos pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco em um concurso.
As mulheres marcam forte presença na lista. Destaque para dona Maria Viúva, mestra do Maracatu Estrela da Tarde, de Glória do Goitá, na zona da Mata pernambucana. Liderança respeitada, é referência viva da cultura afro-indígena pernambucana.
Já a sanfoneira Terezinha do Acordeon, de 75 anos, foi pioneira no fole da sanfona pernambucana, começou aos 12 anos e já está há mais de seis décadas abrindo caminho para outras sanfoneiras, como ela mesma conta.
Mestra Joana Cavalcante é a primeira mulher a liderar uma Nação de Maracatu, a Encanto do Pina. Fundadora do movimento feminista Baque Mulher, mestra Joana fala com emoção sobre esse reconhecimento como patrimônio vivo pernambucano.
Os outros sete novos patrimônios vivos pernambucanos são o Boi Tira-Teima, de Caruaru, Mestra Mariquinha do Samba de Coco, Maestro Edson Rodrigues, do frevo recifense, Maracatu Nação Raízes de Pai Adão, a carnavalesca dona Dá, Mestre Lourenço, do artesanato de palha da cidade de Goiana, na zona da mata norte, e Xirumba Amorim, fotógrafo do Recife com mais de 50 anos de história.