Símbolo de imponência, o Palácio Pedro Ernesto, atualmente sede da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, guarda uma rica e vasta história, mas muitas vezes desconhecida pela população. O local foi palco, por exemplo, de um dos momentos mais marcantes do período da ditadura militar, o velório do estudante Edson Luís Lima Souto, de 18 anos, morto por policiais militares depois de um protesto no conhecido restaurante Calabouço. Completando 100 anos este mês, o Palácio representa um importante marco arquitetônico e histórico da cidade.
A historiadora Samantha Quadrat destaca a relevância política do local e seu entorno, para diferentes grupos sociais.
Conhecida pelo apelido pejorativo de Gaiola de Ouro, devido aos altos custos em sua construção, o Palácio se destaca também pela arquitetura, como explica historiador Douglas Liborio, do Laboratório de Imagem, Memória, Arte e Metrópole da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ.
O interior do Palácio Pedro Ernesto também guarda um conjunto valioso de obras de arte, entre esculturas, vitrais e pinturas. Muitas delas remetem ao período colonial. A construção é do início do século 20, período de intensas reformas urbanas pelas quais passavam o Rio de Janeiro, e com grandes referências como o Biblioteca Nacional e o Theatro Municipal.