Há 150 anos, no dia 20 de julho de 1873, nascia Santos Dumont. Visionário, poeta, cientista, gênio! Os adjetivos não são suficientes para definir o legado do brasileiro que provou ao mundo ser possível voar a bordo de um objeto mais pesado que o ar.
O pioneirismo de Santos Dumont e parte de seu legado podem ser apreciados em uma charmosa casa de 59 metros quadrados, na rua do Encanto, número 22, na cidade imperial de Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro. Lugar aprazível, onde ele viveu durante o tempo em que estava com a saúde debilitada, o imóvel foi doado pela família à prefeitura local, após a morte do inventor.
O chuveiro de água quente, móveis funcionais versáteis. Pouco espaço e muita criatividade. É assim que a advogada Márcia Buccos define a propriedade que costuma visitar quando vai a Petrópolis.
A Encantada, como a casa é conhecida, recebe mais de 100 mil visitantes por ano.
O estudante Miguel Luiz Freire, de 12 anos, concorda. Conta que ficou encantado com o lugar que conheceu com os pais.
Logo na entrada, uma escada com degraus incompletos chama a atenção. São duas assim: uma na área externa e outra dentro da casa. Em uma delas é preciso começar a subir com o pé direito; na outra, com o pé esquerdo. Há quem diga que Santos Dumont era supersticioso. Mas, para especialistas, a construção, idealizada por ele, evita que o joelho ou o pé seguinte atinja o próximo degrau.
Passo a passo a história do Pai da Aviação, homem de hábitos simples, que pela manhã fazia o próprio café, é contada.
Neste mês, as homenagens são muitas. Além da visitação à casa da serra fluminense, a agenda inclui a Exposição Pai da Aviação, no Salão Negro do Congresso Nacional, em Brasília. Aberta diariamente até 30 de julho, apresenta painéis com a trajetória do inventor brasileiro, objetos pessoais, maquetes e duas réplicas em tamanho real de suas aeronaves mais famosas, o 14-Bis e o Demoiselle.
Vítima da depressão e esclerose múltipla, Santos Dumont morreu no dia 23 de julho de 1932, em São Paulo.