Conhecido como “o Menestrel do Brasil”, morreu na noite desse sábado, o compositor e humorista, Juca Chaves, aos 84 anos. A informação foi confirmada pelo Hospital São Rafael, em Salvador, Bahia, onde Juca estava internado.
Segundo a unidade, a morte ocorreu devido a “complicações de problemas respiratórios”. Sem autorização de familiares, o hospital não forneceu mais detalhes.
Jurandyr Czaczkes Chaves, nasceu no Rio de Janeiro e a passou parte da vida em São Paulo. Tinha a música erudita na formação e lançou mais de 20 álbuns, durante a carreira. “Presidente Bossa Nova”; “Caixinha, Obrigado!”; “Take me back to Piauí” e “A cúmplice” estão entre as canções mais conhecidas do compositor.
Crítico da ditadura no Brasil, Juca Chaves chegou a ficar exilado em Portugal e na Itália na década de 1960. De volta ao país, se apresentou em programas de televisão e continuou lançando canções em tom satírico sobre a imprensa e a política.
Juca Chaves gostava de ser chamado de Menestrel, apelido que ganhou do poeta Vinícius de Moraes. Enquanto fazia shows pelo país, usava o famoso bordão “Vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar”.
Nas redes sociais, artistas lamentaram a perda, com destaque para a cartunista Laerte Coutinho, que se disse fã desde a adolescência. Segundo ela, ia ver shows, tinha LP e imitava a voz de Juca Chaves. O apresentador Serginho Groisman destacou como positivo o fato de Chaves deixar “vários presidentes irritados” com suas músicas críticas e bem humoradas.
Ele morava há cerca de vinte anos, em Salvador, na Bahia. Em 2006, tentou se eleger Senador pelo estado e ficou em quarto lugar. Juca Chaves deixa a esposa Yara Chaves e duas filhas.
