Cinquenta e três anos atrás, o escritor Ariano Suassuna e um grupo de artistas iniciaram no Recife um movimento cultural para produzir uma arte brasileira ligada às raízes populares, mas ao mesmo tempo ser erudita e universal.
O Movimento Armorial se manifestou na pintura, música, teatro, dança e, claro, na literatura. Toda a história desse trabalho retorna agora para seu local de origem na Exposição “Mostra Armorial 50 Anos”, no Museu do Estado de Pernambuco.
Nas palavras do próprio Suassuna, falecido em 2014, as obras do cordel, música de viola, xilogravura e maracatu reuniram artistas e preocupações semelhantes contra a descaracterização da cultura brasileira.
O público é logo recebido pela escultura de quase quatro metros da ‘Onça Caetana’, personagem de mitos sertanejos presente na obra de Suassuna, conforme explica Regina Godoy, idealizadora e produtora.
Os visitantes também podem acompanhar a cronologia do Movimento com fotos raras, assim como a obra de Pablo Borges, feita especialmente para esta etapa do Recife. Entre as 140 obras expostas, estão peças de artistas importantes para a arte Armorial, a maior parte vinda do acervo de colecionadores particulares e de instituições.
A exposição abre o ciclo de eventos que conta a história do Movimento Armorial. O público também pode participar de Diálogos e Encontros paralelos que celebram o passado e o presente desse Movimento.
E o melhor, a exposição e toda a programação são de graça no Museu do Estado de Pernambuco.
