Nesta segunda-feira (8), aconteceu o lançamento da pedra fundamental do Museu das Amazônias em Belém do Pará. A previsão é que o espaço seja entregue em outubro do ano que vem e que esteja aberto ao público para a COP-30, 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, que será sediada na capital paraense, em novembro de 2025.
O Museu das Amazônias fará parte do complexo Porto do Futuro II, um projeto de restauração de vários galpões da região portuária de Belém, construídos no século passado e que totalizam, aproximadamente, 50 mil metros quadrados.
O projeto será dividido em quatro eixos: Amazônia Milenar, Secular, Degradada e Amazônias Possíveis, interligando história, ancestralidade, sem deixar de lado o olhar para os desafios e futuro da floresta, além de espaços para capacitação e pesquisa.
A abordagem se estende pelos povos que vivem no Brasil e em outros sete países da América do Sul, por onde o bioma amazônico está presente.
O Museu também reserva um espaço para temas, como: o saber dos povos indígenas; a chegada de seringueiros e outros grupos migratórios; a presença de quilombolas, pescadores, ribeirinhos e a população ligada ao extrativismo. O enfrentamento ao desmatamento, à destruição dos recursos da floresta; e as maneiras de evitar que se chegue ao ponto do não-retorno ganharão espaço permanente na pauta do museu.
A criação do Museu terá participação da comunidade acadêmica e científica da Pan-Amazônia. O Museu Paraense Emílio Goeldi irá coordenar um cronograma de escutas para que a sociedade civil também colabore com sugestões para o novo equipamento de cultura.