O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal que colha, até 8 de maio, o depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres sobre sua suposta interferência na Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022.
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O depoimento faz parte de um inquérito sobre uma viagem do ex-ministro às vésperas do segundo turno das eleições, que teria sido feita para pedir o “apoio” da Polícia Federal e da PRF para interferir no fluxo de eleitores.
“Diante da notícia de que Anderson Gustavo Torres foi devidamente avaliado por profissional médico, que atestou que as medicações do preso foram ajustadas e que ele tem tido acompanhamento médico frequente, determino a oitiva de Anderson Torres até o dia 8 de maio de 2023, em horário a ser definido pela autoridade policial”, disse o ministro Alexandre de Moraes.
O depoimento estava marcado para a semana passada, mas a corporação o adiou após um pedido da defesa de Torres, que alegou “estado de saúde delicado”. O ex-ministro vai depor na condição de declarante, o que lhe assegura o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação.
Na terça-feira (2), o Supremo recebeu um laudo elaborado pela Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal que afirma que o ex-ministro está em “bom estado geral, consciente, atento e colaborativo”.
O relatório termina com a afirmação de que “não considera necessária a transferência para hospital penitenciário”, mas reitera que “o caso exige acompanhamento frequente”.