O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Aloizio Mercadante, ignorou o Petrolão e disse que a Lava Jato “destruiu empresas brasileiras”, em vez de punir corruptos. Segundo ele, a operação teve “peso decisivo” na quebra das companhias que exportavam serviços de engenharia.
“Nós somos 2% da economia mundial”, observou, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura, transmitido na segunda-feira 15. “Se as empresas brasileiras não exportarem, e disputar o mercado internacional, elas não terão futuro, nem eficiência e competitividade. Temos que aumentar a produtividade para disputar, e o BNDES tem que ajudar financiando a exportação de empresas brasileiras.”
Conforme o levantamento mais recente do Ministério Público Federal, de abril de 2022, a operação já devolveu aos cofres públicos R$ 25 bilhões desviados dos pagadores de impostos, em escândalos de corrupção desvendados pela Lava Jato. A Petrobras foi uma das maiores beneficiárias da devolução de recursos. A estatal já recebeu em seu caixa pouco mais de R$ 6 bilhões, a partir de acordos de leniência.
Entre outros pesos pela Lava Jato, que revelou o Petrolão, estão Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira que levava seu sobrenome, Alberto Yousseff, doleiro, e o presidente Lula, em virtude do triplex no Guarujá (SP).
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