Aproximadamente 40 indígenas se manifestaram na Esplanada dos Ministérios, nesta quinta-feira, 25, pela soltura do cacique Serere Xavante, preso na Papuda desde dezembro de 2022, por supostamente praticar atos antidemocráticos.
Depois do ato, o grupo liderado pelo indígena Delfim Tsererówẽse encontrou com o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), quando pediu providências sobre o caso de Serere.
Segundo a defesa do indígena, a médica particular dele, Nicole Tanoue Hasegawa, afirmou que o paciente apresenta “risco de insuficiência renal, retinopatia, amputação de membros e coma híper ou hipoglicêmico”.
Serere já teria perdido cerca de 20 quilogramas, em virtude da má alimentação e de enfermidades. “O paciente está fora dos padrões de cuidados de sua saúde, podendo apresentar complicações inerentes à dieta inapropriada, alterações do seu aspecto psicoemocional, podendo evoluir para doenças até agora inexistentes, que poderão ser questionadas futuramente, como resultado de falta de cuidados imprescindíveis à sua raça e meio ambiente”, informa laudo assinado também pelo médico José Rogério Mendes Glória.
Ato a favor do cacique Serere
Pouco depois da prisão do cacique Serere, dezenas de indígenas protestaram em frente ao Supremo Tribunal Federal. Para conter os ânimos, a Polícia Militar e a Polícia Federal foram chamadas.
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