A trajetória de idosos da população LGBTQIA+ e a intolerância que enfrentam são o tema da exposição Cidade 60+, em cartaz no Museu da República até 16 de julho.
A mostra conta com apresentação da websérie “LGBT+60: Corpos que Resistem”, que apresenta, por meio de depoimento, a trajetória de idosos LGBTQIA+ no Brasil e suas histórias marcadas pela resistência política e social.
A exposição conta com diversos vídeos, jogos, experimentos, intervenções artísticas e depoimentos de pessoas 60+ e de especialistas que atuam por uma sociedade mais inclusiva.
Claudia Ferreira é uma das fotógrafas da mostra. Ela registra ações de movimentos sociais desde os anos 90, e fala sobre a evolução desses recortes através dos tempos.
“A primeira exposição LGBT que eu fotografei aqui no Rio era a Marcha pela Cidadania, tinha nem esse nome, né. Depois ela vem, Marcha Gay, Parada Gay, vira GLBT, depois vira LGBT, depois vira LGBTQIA+. Enfim, são conquistas né”.
A Exposição Cidade 60+ faz parte de uma plataforma de conteúdos e experiências sobre temas como saúde, preconceito e acessibilidade das pessoas com mais de 60 anos.
Denise Taynah Santos França, secretária Executiva do Conselho Estadual LGBTQIA+ do estado do Rio, comenta que muitas pessoas LGBTQIA+ passaram por dificuldades de emprego durante a pandemia.
“Na pandemia, muitos trabalhavam em bares, cozinhas de bar, cozinha de restaurante, em algumas atividades que as empresas fecharam, ou então diminuíram a sua atividade. E essas pessoas foram dispensadas do trabalho”.
Entre as intervenções artísticas, uma exposição, fotografias documentais, um curta-metragem e uma videoinstalação. A mostra conta com audiodescrição e tradução em Libras – a Língua Brasileira de Sinais –, e faz parte de uma plataforma de conteúdos e experiências sobre temas como saúde, preconceito e acessibilidade das pessoas com mais de 60 anos. A entrada é de graça.