Putch da Cervejaria. Assim ficou conhecida a tentativa de golpe para derrubar o governo do Estado da Baviera organizada por Adolf Hitler e o Partido Nazista nos dias 8 e 9 de novembro de 1923. Uma grande marcha fazia parte do plano que acabou não dando certo. A polícia de Munique reprimiu os apoiadores de Hitler e cerca de 20 pessoas morreram no confronto.
Naquela época, o Partido Nazista representava a extrema direita na Alemanha e tentou se aproveitar do clima de instabilidade nacional pós-Primeira Guerra Mundial. Inspirado pela “Marcha sobre Roma” de Benito Mussolini, que obteve êxito levando os fascistas italianos ao poder, o grupo resolveu seguir o mesmo caminho para estabelecer um regime autoritário.
No dia 8, o grupo reuniu apoiadores em uma grande cervejaria em Munique. Naquela noite, Hitler declarou o início da revolução. Mas não conseguiu tomar sedes importantes do governo e isso permitiu uma reação imediata das autoridades.
Ainda assim, Hitler reuniu cerca de dois mil seguidores para marchar até o centro histórico da cidade. A polícia local barrou os manifestantes e colocou um ponto final na tentativa de golpe.
Hitler e outros apoiadores foram presos. O julgamento aconteceu em março de 1924. O líder nazista pegou a pena mais leve e foi condenado a cinco anos de prisão. Mas só cumpriu oito meses da sentença.
Com o fracasso do Putsch da Cervejaria, Adolf Hitler buscou alcançar o poder por vias legais. No início dos anos 30, conseguiu tornar seu partido bastante popular na Alemanha com ideias antissemitas e antidemocratas. E, em 1933, Hitler foi nomeado primeiro-ministro. No ano seguinte, após a morte do presidente da época, declarou-se o novo líder da Alemanha.
História Hoje é um quadro da Rádio Nacional publicado de segunda a sexta-feira na Radioagência Nacional. Ele rememora acontecimentos marcantes e curiosidades de cada dia do ano. Acesse todos os episódios aqui.
História Hoje:
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Jaílton Sodré
Apresentação: Dilson Santa Fé
Edição: Sheily Noleto
Publicação Web: Renata Batista