Rainha do Mar. Padroeira dos pescadores. Mãe das Águas. Senhora dos Oceanos. São várias as formas de chamar Iemanjá. A divindade cultuada por religiões de matrizes africanas é celebrada em 2 de fevereiro. A representação mais comum em estátuas públicas é de uma mulher de vestido longo azul, com cabelos compridos e as palmas das mãos voltadas para cima.
Por todo o Brasil, são realizadas festas com oferendas em homenagem a Iemanjá. A festividade integra o calendário cultural de várias cidades. Uma das mais tradicionais é a de Salvador. De acordo com o historiador Ubaldo Marques Porto Filho, a celebração à beira mar começou em 1924, organizada por pescadores da praia do Rio Vermelho.
Outros historiadores contam que as festividades foram realizadas pela primeira vez em 1923. A pesquisadora Edilece Couto registra que as homenagens a Iemanjá substituíram a Festa de Sant’Ana, que era uma tradição do início do século XIX.
No dia de Iemanjá, os devotos rendem homenagens com presentes. Segundo o Santuário Nacional da Umbanda, antigamente, eram enviados ao mar barquinhos de madeira com perfumes, rosas, sabonetes e espelhos. Quando os barquinhos chegavam à praia, viraram brinquedos para os filhos dos pescadores.
Com o aumento da devoção e o grande volume de oferendas, a tradição foi mudando e os barquinhos passaram a ser de isopor. Por questões ecológicas, a prática já não é recomendada. As pessoas, geralmente, oferecem rosas brancas, perfume sem o frasco e champanhe sem a garrafa.
A festa de Iemanjá em 2 de fevereiro é a única que não está associada a santos católicos.
História Hoje é um quadro da Rádio Nacional publicado de segunda a sexta-feira na Radioagência Nacional. Ele rememora acontecimentos marcantes e curiosidades de cada dia do ano. Acesse todos os episódios aqui.
História Hoje:
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Messias Melo
Apresentação: José Carlos Andrade
Edição: Sheily Noleto
Publicação Web: Renata Batista