No começo desta semana, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou o inquérito que investigava o ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão, no âmbito da antiga Operação Lava Jato.
Mendes aceitou a argumentação dos advogados do ex-governador. Eles argumentaram que a abertura do inquérito ocorreu exclusivamente com base na delação premiada de Sérgio Cabral, que foi invalidada por decisão do STF.
“Sendo assim, observou a gravidade da possibilidade de abertura ou a continuidade de inquérito para apurar condutas mencionadas em um acordo de colaboração tornado sem efeito por decisão desta Suprema Corte”, sustentou Mendes, sobre a Lava Jato. “Ante o exposto, julgo procedente a reclamação em favor de Luiz Fernando de Souza e determino o trancamento do inquérito policial.”
O delegado responsável pela apuração do caso já havia se manifestado pelo arquivamento, mediante a nulidade dos relatos de Cabral.
Desde maio de 2021, a Polícia Federal apura uma suposta doação de R$ 4 milhões, que seria de caixa dois, feita por uma empresa de terraplanagem ao comitê financeiro da campanha de Pezão, em 2014.