Libertária, criativa e inspiradora. É assim que a icônica pintora Frida Kahlo, que viveu no México por 47 anos, até 1954, é lembrada por artistas brasileiras. Para celebrar os 70 anos do legado de Frida, celebrado nesta semana, o Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, preparou uma programação especial de 11 a 13 de julho.
Quem for ao MIS, vai poder conferir diversos documentários e um espetáculo que contam as diversas facetas da pintora mexicana.
A atriz Christiane Tricerri, de 63 anos, vive há cinco anos Frida no espetáculo “Frida Kahlo – Viva la Vida”. O monólogo da companhia de Teatro Onitorrinco traz poesia, paixão e um novo olhar sobre temas caros a Frida como a dor e a morte.
Com a experiência de quem tem 45 anos de teatro, Christiane explica quais características da vida e da obra da pintora mexicana a fazem, ainda, um dos maiores nomes da pintura mundial.
“A Frida Kahlo construiu e passou a ser o próprio estandarte dela mesma. A própria obra viva dela mesma. Como se o próprio corpo fosse a tela. Então, ela acabou fazendo uma obra muito contundente, muito importante, que acabou sendo reconhecida mundialmente”.
Inspirada pela cultura popular do México, Frida levou também para a tela a paisagem intensa, fervorosa e colorida do povo do seu país de origem. 70 anos após sua partida, a pintora feminista inspira as antigas e as novas gerações de artistas brasileiras.
É o caso da escritora paulista Júlia Mikita. Aos 26 anos, ela lançou recentemente o livro de poesia chamado “Eu sou Frida e não me calo”. Os poemas nasceram depois de Júlia conhecer a famosa La Casa Azul, no México, onde a pintora viveu grande parte da vida adulta. Para Júlia, o legado da artista mexicana permanece inspirando as novas gerações.
“Frida Kahlo, pras artistas, pras mulheres, pras jovens, é uma inspiração, uma força, uma motivação muito grande, muito poderosa. Ela me inspira muito. Me inspirou a escrever esse livro de poesias, inspira você a não se calar, a não se intimidar, a não se diminuir. De você ir em busca dos seus sonhos, mesmo estando na dor. Transformar suas dores em arte, em pintura, em origami, seja o que for a sua manifestação artística”.
A programação completa em homenagem a Frida Kahlo pode ser conferida no site do Museu da Imagem e do Som. É só o ouvinte acessar o site mis-sp.org.br/.