A Festa Literária Internacional do Pelourinho, mais conhecida como Flipelô, movimenta o centro histórico de Salvador. Ruas, praças, casarões históricos e centros culturais se transformam em espaços dedicados à arte das palavras. O evento conta com a participação de 146 escritores nacionais e cinco internacionais. Na programação, além de lançamentos de livros, bate-papo com autores, saraus, oficinas e apresentações artísticas. Neste ano, a festa homenageia o cantor e compositor baiano Raul Seixas. Segundo a curadora do evento, Maria Conceição Silva, a ideia desta escolha é expandir o entendimento sobre o que é literatura.
A Flipelô acontece desde 2017 e surgiu com o objetivo de valorizar a memória do escritor Jorge Amado e estimular a literatura, principalmente entre os jovens. A estudante Judy Camillo, de 16 anos, participa do projeto “Escrevivências Afro-Baianas”. A ação é desenvolvida na escola durante o ano, e os textos produzidos são apresentados em um sarau na Flipelô e publicados em livro.
A Flipelô também tem sido um incentivo ao surgimento de coletivos literários, como o “Escreva, Garota!”. Segundo a escritora e produtora cultural Lella Malta, o grupo já reúne mais de 200 mulheres.
Uma das novidades é a criação de um espaço dedicado aos fãs de revistas em quadrinhos, montado na Vila Literária, no Largo Tereza Batista. Também foi criado o Espaço Mabel Veloso, dedicado à literatura feita para crianças, como destaca a curadora Priscila Letieres.
Todas as atividades da Flipelô são gratuitas. A expectativa dos organizadores é de que a festa literária atraia cerca de 250 mil pessoas até domingo