Em 2023, as editoras brasileiras registraram faturamento de R$ 4 bilhões nas vendas ao mercado, o que representa uma queda 0,8% em relação ao ano anterior.
Apesar disso, foi registrada alta de 39% no faturamento das editoras com conteúdo digital; um crescimento real de 33%. É o que mostra a pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”, coordenada pela Câmara Brasileira do Livro e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros.
Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro, explica os fatores que levaram a este crescimento.
“Entendemos que o crescimento foi impulsionado pelo desempenho de plataformas educacionais e bibliotecas virtuais, que registraram altas nominais de 68% e 59% respetivamente. Já nos últimos cinco anos o faturamento com conteúdo digital cresceu 158% em termos reais”.
Os conteúdos digitais corresponderam a 8% no faturamento das editoras, o que significa um aumento de 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior. No caso dos e-books, o faturamento cresceu 17% em termos reais.
O canal de livrarias exclusivamente virtuais manteve a liderança no ranking de participação no faturamento das editoras, representando pouco mais 32% do faturamento no ano, enquanto os sites próprios e marketplaces ganharam destaque, aparecendo pela primeira vez entre os cinco principais canais com grau importante no faturamento das editoras.
Outro destaque foram os subsetores de didáticos e religiosos, que apresentaram desempenho positivo nas vendas ao mercado, como explica Sevani Matos.
“Os dois subsetores apresentaram desempenho nominal positivo nas vendas ao mercado, com um crescimento de 1,2% e 4,5% respectivamente”.
A pesquisa apontou ainda um aumento de aproximadamente 8% no preço médio do livro. A retração total no faturamento foi de 5% na comparação com 2022, considerada a variação do IPCA. O número de exemplares vendidos ao mercado apresentou redução de 8% no período.
Foram produzidos 45 mil títulos e 320 milhões de exemplares.
