A mostra “Lygia Clark: Projeto para um planeta” reúne mais de 150 obras que atravessam as diferentes fases da carreira da artista mineira.
Na exposição, pinturas, esculturas, instalações, trechos de filmes, fotos e documentos revelam a capacidade criativa de Lygia Clark em ampliar linguagens e formas de experimentar a arte.
Sete salas da Pinacoteca estão dedicadas à exposição que celebra o centenário da artista brasileira.
Nascida em Belo Horizonte, em 1920, Lygia Clark viveu até 1988. Ao lado do artista Hélio Oiticica, ela faz parte de uma geração responsável por buscar uma relação mais próxima entre a arte e a vida.
A exposição começa justamente com um ponto fundamental para a artista que é a participação do público.
Um tablado com réplicas da série Bichos, uma das mais famosas produzidas por Clark, a partir de 1960, fica disponível para o manuseio do visitante no centro da galeria.
Quem explica melhor essa aposta que a artista fazia nas vivências sensoriais é a curadora da mostra, Ana Maria Maia.
Criações com objetos de metais e alumínio, túnel de tecido feito de algodão, sacolas plásticas cheias de ar, máscaras coloridas e bolinhas de pingue-pongue. Lygia Clark desafiou as fronteiras entre o papel do artista e do público. Propôs também uma nova relação entre o corpo e o objeto.
Para Lygia Clark, a experimentação da arte é para quem estar disposto a sentir o atravessamento no corpo. Como nesta descrição, que a própria artista faz da experiência com a sua obra “Objeto Relacional”.
As obras de Lygia Clark circularam o mundo. Estiveram na Bienal de Veneza, no Museu de Arte Moderna de Nova York e na Espanha, no Museu Guggenheim.
As experiências da artista não pararam aí: foi professora convidada na Universidade Sorbonne, em Paris. Também flertou com a arquitetura e a psicanálise.
A exposição fica em cartaz na Pinacoteca de São Paulo até quatro de agosto. Quem quiser saber mais é só acessar pinacoteca.org.br