Exposição do grupo Drift conecta arte e tecnologia no CCBB do Rio

Cultura

Uma imersão em um ambiente que conecta humano, arte e tecnologia, apontando para a possibilidade de uma convivência saudável entre essas diferentes dimensões do mundo. Essa é a proposta da exposição Studio Drift – Vida em Coisas, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro. A mostra é a primeira no Brasil do grupo holandês, que já percorreu forte circuito internacional ao longo de sua trajetória, iniciada em 2007. Lonneke Gordijn, uma das criadoras do Drift, explica a ideia da exposição.

“Acho que nesta exposição não mostramos uma perspectiva do futuro, mas sim uma direção que o futuro deve tomar quando ouvimos e observamos a natureza, aceitando que todos os movimentos na natureza são movimentos que podemos fazer”. 

A mostra começa já na entrada do CCBB, quando o visitante é apresentado à obra Shylight, que reproduz o abrir e fechar de flores, como em uma dança, provocando ao mesmo tempo encantamento e acolhimento no público. Depois, segue por uma série de outras grandes obras, que combinam cores, luzes e movimentos.

Marcello Dantas, um dos curadores da exposição, destaca que o objetivo é fazer o público pensar… E sentir.

“Tem obras para pensar e tem obras para sentir. Tem obras que são sobre vibração, sobre frequência, movimento, coreografia, dança. São para serem vistas que nem você vê um balé. Você não tem que pensar, você tem que só sentir, e entrar dentro daquela vibração. E tem outras que são mais conceituais, são mais cerebrais, que organizam o mundo ao nosso redor. Trazer esse tipo de linguagem que junta arte, ciência e tecnologia, biologia e cria novas experiências, em que o público pode expandir o seu conceito daquilo que a arte pode ser, é uma tarefa importante que a gente tem que fazer no Brasil”.

E qual a expectativa de Lonneke Gordijn quanto à recepção do público brasileiro? 

“Espero que as pessoas se sintam emocionalmente tocadas por nosso trabalho e aprendam a ver a natureza. Que entendam que a natureza nos faz sentir bem. Espero que de alguma forma sintam que como criamos nosso meio ambiente determina nosso futuro e a maneira como nos sentimos e como agimos. Então, precisamos ser responsáveis por esse ambiente que também é o nosso mundo, nosso planeta”. 

Para a construção das obras, o Drift tem uma equipe multidisciplinar de 64 pessoas, em dois estúdios, um em Amsterdã e outro em Nova York. A exposição Studio Drift, Vida em Coisas fica aberta gratuitamente ao público até 22 de maio, com ingressos retirados na bilheteria do CCBB ou em bb.com/cultura. Após a realização no Rio de Janeiro, segue para os Centros Culturais Banco do Brasil em São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.

* Com colaboração de Sônia Fernandes.

Fonte-Agência Brasil

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