No Rio de Janeiro, centenas de pessoas vestidas de vermelho, branco e chapéus Panamá percorreram ruas do centro neste sábado. Foi a 2ª Procissão em Homenagem a Zé Pelintra.
O ato foi ecumênico e reuniu representantes de diversas religiões. O objetivo do evento é combater o preconceito religioso, trazer visibilidade, diversidade e clamar pela liberdade em exercer qualquer religião. O evento é organizado pelo Santuário do Zé Pelintra e tem apoio da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas.
Dados do Observatório das Liberdades Religiosas mostram que no estado do Rio de Janeiro ocorreram mais de 40 casos de intolerância religiosa em 2021. Entre as ocorrências, estão ataques a praticantes e templos de religiões de matriz africana, agressões físicas e ameaças virtuais.
Seu Zé Pelintra, uma das entidades mais populares das tradições de matriz africana, surgiu no Nordeste, mas foi no Rio de Janeiro que se espalhou. A figura de Seu Zé é representada por um homem boêmio, malandro, sambista, que se veste com terno de linho branco, chapéu panamá e sapato de bico fino.