Especial Carnaval: enredos de Unidos da Tijuca, Salgueiro e Mangueira

Cultura

Radioagência Nacional apresenta, em uma série de quatro reportagens, os enredos que as escolas de samba do Grupo Especial do carnaval do Rio trazem este ano para a avenida. As matérias serão publicadas ao longo da semana do dia 13 ao dia 17 de fevereiro de 2023. Esta é a segunda reportagem da série (confira as que já foram publicadas na lista abaixo):

Especial Carnaval: os enredos do Império Serrano, Grande Rio e Mocidade

 

A segunda leva de escolas programadas para o primeiro dia dos desfiles do Grupo Especial do Rio de Janeiro é formada pela Unidos da Tijuca, Salgueiro e Mangueira. E elas prometem trazer ao público muita ancestralidade e dar um banho de fantasia.

Quarta escola a entrar na Avenida, a Unidos da Tijuca coloca todo mundo para sambar com um cortejo em homenagem à Baía de Todos os Santos, a segunda maior baía do mundo. A agremiação vai falar de Kirimurê, o grande mar interior do povo indígena Tupinambá. Será um encontro de peixes, de águas e sereias. O carnavalesco Jack Vasconcelos diz que o público vai se sentir em uma viagem lúdica conduzida pelas próprias águas da baía:

“Ela se torna personagem narradora do próprio enredo, e ela vai nos contar um pouco das coisas que ela presenciou, o que aconteceu na sua superfície, o que que ela viu, quem chegou, quem partiu, e o que aconteceu e acontece no seu entorno – aonde suas águas banham”.

Já o Salgueiro traz para a Sapucaí o enredo Delírios de um Paraíso Vermelho que faz um retrato de um paraíso fictício onde tudo é vermelho. Nele, o real e o fantástico se encontram e a liberdade de expressão impera. O carnavalesco do Salgueiro, Edson Pereira, explica que o enredo também homenageia o saudoso Joãozinho Trinta:

“Apesar de não ser o enredo da escola, nós nos apropriamos da filosofia da qual ele trabalhava, no qual ele fazia enredos completamente oníricos e de cunho social e cultural (…) e também, qual a importância da liberdade de expressão, que era algo muito expoente no trabalho do Joãozinho Trinta”.

A Estação Primeira de Mangueira encerra o desfile no domingo com o enredo As Áfricas que a Bahia canta, que vai destacar o protagonismo feminino e a luta pelo fortalecimento da identidade afrobrasileira, a partir da música e do carnaval na Bahia. O historiador Leandro Silveira destaca que a escola constrói uma ponte entre o Rio e a Bahia 

“É interessante observar que a Mangueira faz uma ponte entre territórios: África, Bahia e o próprio Morro de Mangueira. Segundo a escola – e ela tem razão -, o Morro de Mangueira é o território no Rio de Janeiro onde o Rio é mais baiano. E aí abre espaço para a Mangueira falar da sua própria ancestralidade”.

As primeiras escolas a desfilar nesse primeiro dia são a Império Serrano, Grande Rio e a Mocidade Independente de Padre Miguel. Já na segunda feira (20) é a vez de Paraíso do Tuiuti, Portela, Vila Isabel, Imperatriz, Beija-Flor e Viradouro entrarem na avenida.

Fonte-Agência Brasil

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *