Os ministros Flávio Dino (Justiça) e José Múcio (Defesa) disseram, nesta quinta-feira, 23, que o espaço aéreo das terras ianomâmi, em Roraima, vai ser fechado, a partir de 6 de abril.
A medida pretende reforçar a saída dos garimpeiros que ainda estão na região. A data foi definida durante uma reunião entre os dois ministros.
Desde os primeiros governos do PT, os indígenas ianomâmi atravessam uma crise de desnutrição grave. Mas o assunto voltou à superfície no último mês, em razão dos relatos de crise sanitária na comunidade ianomâmi de Surucucu, em Roraima, junto à fronteira com a Venezuela.
O presidente Lula usou a questão para atacar a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, o governo petista afirma que o garimpo ilegal da área é uma das causas do problema. Conforme Dino, mesmo com a permanência dos garimpeiros na região, os “crimes na região diminuíram significativamente”.
O ministro ainda afirmou que a Polícia Federal vai intensificar as ações para identificar e prender os garimpeiros ilegais, mas não deu detalhes sobre o número de pessoas que já foram presas nas terras ianomâmi.
Segundo Dino, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vai fazer um censo na região para levantar informações sobre os moradores.
