Domingo é o Dia Nacional do Choro, uma homenagem ao dia 23 de abril de 1987, data em que se acredita que nasceu Pixinguinha. Inspirado na cultura europeia, o estilo musical genuinamente brasileiro, também traz a potência de ritmos africanos. Os primeiros conjuntos de choro surgiram por volta da década de 1870, nos subúrbios cariocas e na região da Pequena África, no centro da capital fluminense.
Além de Pixinguinha, artista que contribuiu diretamente para a consolidação do estilo, outro destaque é a compositora e regente carioca Chiquinha Gonzaga, que costumava dar nomes indígenas a suas composições.
Sem falar no legado de Waldir Azevedo, mestre do cavaquinho, que deu ao instrumento um papel de destaque no choro. Este ano, também se comemora o centenário do seu nascimento, uma ótima ocasião para relembrar a sua importância, como explica o músico Ronaldinho do Cavaquinho, presidente do Instituto Waldir Azevedo.
Existem inúmeras discussões entre os pesquisadores sobre a origem do nome. Mas, se há um consenso é que foi pelas ondas do rádio que o estilo ganhou força, e se tornou conhecido em todo o Brasil.
Por isso, para celebrar a data, as comemorações neste fim de semana acontecem em várias regiões do país.
Em Brasília, o ritmo está na rota do turismo cultural da cidade. Antes mesmo de se tornar a “Capital do Rock”, Brasília já construía sua identidade como cidade do choro. E neste domingo tem o evento Choro no Eixo.
E no Rio de Janeiro tem o tradicional Trem do Choro. Criado a partir das rodas de choro em Olaria, na zona norte, próximo à região onde Pixinguinha morou, o evento completa dez anos de música e resistência.
No domingo, o trem parte às 8h30, da plataforma 13 da Central do Brasil em direção a Olaria, com com vagões repletos de chorões (músicos e cantores) homenageando os grandes nomes do Choro, como Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga e Valdir Azevedo, entre outros.
