demora em nomeações deixa órgãos federais vagos

Política

Diversos órgãos da administração pública federal estão há dois meses sem comando. Das 178 secretarias ou repartições com status de secretarias existentes, pelo menos 60 estão com a chefia vaga. Outros cem departamentos e diretorias abaixo dessas secretarias também estão sem um responsável oficializado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Nas estatais e nas autarquias a situação é ainda pior: 47 de 72 entidades em que os diretores não têm mandato seguem sem definição de seus novos presidentes ou diretores-executivos. Os dados são de levantamento da consultoria Ética Inteligência Política e foram divulgados nesta segunda-feira, 27, pelo jornal Valor Econômico.

A demora nas nomeações tem provocado apagão em algumas áreas, geridas por interinos ou por escolhidos pela gestão anterior. A consequência é uma demora excessiva para formar o governo de Lula, implantar a agenda e colocar em prática as políticas públicas.

No Ministério das Relações Exteriores, por exemplo, nenhuma das secretarias teve a nomeação oficializada ainda. A pasta alega que há trâmites demorados porque os futuros secretários estão em embaixadas.

Nos Portos, os dois secretários foram escolhidos, mas seguem sem nomeação. No Turismo, apenas um dos dois postos já é oficial. Na Ciência e Tecnologia, as quatro secretarias estão vagas, embora duas já tenham os nomes divulgados.

No Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva só nomeou até agora o gestor de uma das seis secretarias, a que é responsável pelos povos e comunidades tradicionais.

Nas Cidades, o Minha Casa Minha Vida foi lançado sem que haja um responsável pela Secretaria de Habitação. A indefinição fez com que outras duas secretarias continuem à espera de um acordo.

Em nota, a Casa Civil respondeu que “o fluxo de nomeações está correndo normalmente e sem acúmulo de demandas”.

Leia também: “Um governo em guerra contra quem produz”, texto publicado na edição 149 da Revista Oeste



Fonte-R7

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