Copa melhorou imagem do Catar no mundo, defende presidente da Fifa – Futebol

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O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se mostrou na sexta-feira (16) menos enfático do que na primeira vez em que defendeu a escolha do Catar como sede da Copa 2022. Para o dirigente, a competição, de alto nível técnico e paixão dos torcedores, ainda assim melhorou a imagem do país no resto do mundo.


Na véspera da abertura do Mundial, o dirigente suíço, filho de italianos, decidiu partir para o ataque contra aqueles que criticaram a escolha do Catar para receber o Mundial. Naquela oportunidade, a última vez em que havia dado entrevista para a imprensa internacional, ele se disse “catari, árabe, africano, gay, deficiente, trabalhador imigrante”.


“Acredito que o que foi conseguido foi dar as boas-vindas ao resto do mundo de um modo único. Acredito que todo mundo voltará para casa com boas memórias porque descobriu um país novo, e só a Copa do Mundo pode fazer isso pelo tamanho do futebol. Acredito que é essa a missão da Fifa de organizar competições nesses países”, disse Infantino, em entrevista coletiva, em Doha, a dois dias da final.



O país da Copa é ainda hoje fortemente criticado pelo cerceamento de liberdades e direitos da população. Nos estádios, por exemplo, o evento se mostrou um tanto masculinizado, sem a presença significativa de mulheres, por vezes flagradas nos arredores do estádio com crianças menores ou dentro dos carros de alto padrão.


Em um país de religião islâmica, conhecida por restrições a bebidas alcoólicas, vestes típicas que cobrem todo o corpo, pouca interação entre homens e mulheres que não sejam familiares e demais questões culturais, havia certo receio do que poderia ser a estadia quando fora dos campos. A Fifa, inclusive, perdeu a queda de braço com o comitê organizador local, que não aceitou a venda de cerveja com álcool nos estádios e festas oficiais.



Infantino, que começou a entrevista coletiva a jornalistas estrangeiros com uma hora de atraso, depois de extensa reunião do conselho técnico da entidade, preferiu não entrar em novas polêmicas e ressaltou aspectos não-relacionados ao futebol


“Vou esperar até o jogo final, mas acho que o poder transformador do legado deste Mundial é que muita gente, de todo o mundo, veio ao Catar e descobriu um mundo que não conheciam ou só sabiam pelo que haviam contada. Ao mesmo tempo, o povo catari se preparou para dar as boas-vindas. Além disso, os que estiveram aqui descobriram que diziam poderia não ser verdade”, finalizou.



O comitê organizador contabilizou 1,2 milhão torcedores estrangeiros que desembarcaram no Catar no último mês. A Fifa anunciou a venda total de 3,7 milhões de ingressos.


A 22ª edição da Copa do Mundo se prepara para os seus dois últimos jogos. Croácia e Marrocos disputam o terceiro lugar, no sábado, no estádio Internacional Khalifa. No dia seguinte, também às 12 horas (de Brasília), Argentina e França fazem a grande final, no Lusail.


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Fonte-Gazeta-Esportiva

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