A semana começou com uma bomba nos noticiários ingleses. O Manchester City foi acusado formalmente pela Premier League de ter quebrado uma centena de regras fiscais desde 2009, após longa investigação. A acusação pode levar o clube a sofrer sanções pesadas, como a perda de pontos, se o resultado do processo provar a culpa por parte do clube.
A injeção de recursos financeiros em massa por proprietários não é um assunto novo no futebol europeu, e tem causado muita discussão e polêmica. As regras para promover o Fair Play financeiro têm sido aperfeiçoadas ao longo do tempo em grande parte para evitar a “concorrência desleal” entre clubes da Uefa. Até o momento, no entanto, o Manchester City tinha conseguido justificar seus investimentos legalmente, sem receber grandes reprimendas, embora com alguns sustos.
Em 2020, a Uefa chegou a suspender a participação do Manchester City por duas temporadas das competições europeias. O clube apelou no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS/CAS) e escapou da punição. Restou apenas uma multa de 10 milhões de euros a ser paga no processo.
Na Inglaterra, a acusação promovida pela própria Premier League causou apreensão e certo espanto pelo número de regras quebradas ao longo dos anos. No entanto, ainda é cedo para entender o tamanho da punição resultante do processo. Assim como na Uefa, boa parte das acusações são de temporadas antigas, em fraudes que o tribunal defendeu estarem prescritas à época. O que é certo é que o campeonato inglês terá uma incerteza em sua classificação incomum, ao contrário das nossas disputas por aqui, em que as guerras nos tribunais
Mais detalhes sobre as acusações da Premier League podem ser vistas, em inglês, aqui. Já o City garante estar “surpreso” com as alegações da Liga depois de ter contribuído fornecendo “vasto e detalhado material”.
