O costume de confeccionar tapetes ornamentais nas ruas próximas às igrejas por onde passam as procissões que celebram o Corpus Christi é uma tradição que surgiu na região dos Açores, em Portugal, no século XIII, e que foi difundida aqui no Brasil, ainda durante o período colonial.
Os devotos montam os tapetes com representações de cenas bíblicas, homenagens e objetos devocionais, utilizando materiais diversos como serragem, farinha, sal, casca de ovo e areia. As ilustrações se repetem pelas ruas de centenas de cidades brasileiras.
O jornalista Matheus Nunes participa desenhando os tapetes desde 2012, em Teresina, no Piauí. Atualmente, ele coordena o trabalho voluntário de centenas de pessoas que passam a madrugada e manhã do dia de Corpus Christi produzindo o tapete de centenas de metros.
Já na paróquia da maranhense Marlene Cruz, que fica em São Luís, este é o primeiro ano da confecção do tapete após a pandemia. Ele é feito dentro da própria igreja. A questão social foi um ponto fundamental para a construção dos desenhos dos tapetes.
A expressão Corpus Christi vem do idioma antigo Latim e quer dizer corpo de Cristo.
A celebração de Corpus Christi é uma das mais antigas do catolicismo em todo o mundo. Foi instituída pelo Papa Urbano IV, em 1264.
Dentro do calendário católico, a celebração acontece na quinta-feira logo após o Domingo de Celebração da Santíssima Trindade e é o único dia do ano em que o Santíssimo Sacramento sai em procissão pelas ruas.