O tradicional Caruru dos Sete Meninos, ofertado sempre no mês de setembro aos santos católicos São Cosme e Damião, que no sincretismo correspondem aos ibejis, entidades gêmeas que protegem as crianças no Candomblé e na Umbanda, deve se tornar patrimônio imaterial da Bahia.
Segundo o presidente da Câmara de Patrimônio e autor do processo, Táta Ricardo, o título foi aprovado pelo Conselho Estadual de Cultura e o registro deve ser publicado no Diário Oficial da Bahia em 27 de setembro, quando se comemora o Dia de São Cosme e Damião.
A sessão plenária do Conselho Estadual de Cultura foi presidida por Gilmar de Faro Teles e contou com a presença do diretor-geral do IPAC e conselheiro Marcelo Lemos, e do secretário estadual da Cultura, Bruno Monteiro. O processo que garante a salvaguarda do Caruru de São Cosme e Damião foi aprovado por unanimidade.
A tradição do caruru de São Cosme e Damião, feito com quiabo, camarão seco e azeite de dendê, é acompanhada por xinxim de galinha, vatapá, arroz, milho branco, feijão fradinho, feijão preto, farofa, acarajé, banana-da-terra frita, entre outros itens. Utilizando tantos ingredientes, essa manifestação também aquece a economia criativa e o mercado formal e informal em muitos municípios do estado durante todo o mês de setembro.
Baianos e turistas têm um motivo a mais para não deixar de saborear um delicioso prato de caruru de São Cosme e Damião. Além de tradicional, agora pode também ser um patrimônio do nosso estado.
