Carnaval de Pernambuco deve atrair mais de 4 milhões de pessoas

Cultura

Tudo pronto para o Carnaval de Pernambuco começar: o Galo da Madrugada já está a postos para ser erguido sobre a ponte Duarte Coelho, nesta quarta-feira (7), no centro do Recife antigo. Aos 80 anos, a rainha da ciranda Lia de Itamaracá será a grande homenageada deste carnaval no Marco Zero da capital pernambucana. Em Olinda, mais de 300 orquestras estão ávidas para os primeiros acordes de clarins que anunciam o Carnaval nos Quatro Cantos e só param na Quarta-feira de Cinzas.

A previsão da Secretaria de Turismo do Governo de Pernambuco é que mais de 4 milhões de pessoas vão passar pelas ruas do Recife e de Olinda nos próximos dias.

Quem já está pronta para cair no passo do frevo e na baque do maracatu é a arquiteta Maria de Jesus Costa.  

Jesus – é pelo segundo nome que ela gosta de ser chamada – brinca carnaval quase o tempo que tem de vida. Aos 75 anos, a moradora do bairro do Recife Antigo já curtiu de tudo: seus olhos cresceram admirando os maracatus de sua Carpina, onde nasceu, na zona da Mata pernambucana. Suas mãos juntaram-se a tantas outras e fizeram muita ciranda na Ilha de Itamaracá, na beira da praia de Jaguaribe, de onde vem o canto da rainha Lia.

Casada com João Henrique há 52 anos, a recifense de coração conta que o carnaval pernambucano permanece sendo a maior paixão em comum do casal. Seus pés e braços seguem com muito fôlego e alegria para, neste Carnaval, se acabarem de frevar: no Galo da Madrugada, aos clarins da Pitombeira, nos quatro cantos de Olinda, na grande ciranda puxada por Lia de Itamaracá, no show de encerramento da noite da Terça-feira de Carnaval, 13 de fevereiro, no palco principal do Marco Zero.

Na zona da mata pernambucana, mestre Barachinha já está com apito e poesia a postos para reger os caboclos de lança do Maracatu Estrela Brilhante de Nazaré. Entre caixas, taróis, gonguês e alfaias, o caçula de Maria Maçunila e José Profírio honra a tradição deixada pela mãe e pai.  Toca adiante e com muito gosto a tradição do alevante do maracatu de baque solto.

Um dos maiores mestres do maracatu rural de Pernambuco, Barachinha é guardião de sambadas e da memória coletiva do corpo feito por décadas de carnavais. É ele que, em toda sua sabedoria, faz votos para mais um Carnaval que se achega esta semana.

Fonte-Agência Brasil

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