Vereadores da Câmara Municipal de São Paulo articulam a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), liderado pelo deputado federal Guilherme Boulos (Psol).
O pedido para a instalação da CPI é do vereador Fernando Holiday (Republicanos), cotado para ser o presidente da comissão especial. Ainda não houve a indicação para o posto de corregedor da Casa, mas o nome do vereador Rubinho Nunes (União Brasil) é um dos mais lembrados.
Ricardo Salles acha que convite a Boulos à CPI é “legítimo”
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) afirmou que o MTST também pode ser alvo da CPI. “O MTST é a versão urbana do MST”, comparou. “O MST, nas cidades, chama-se MTST. É exatamente igual.”
Indagado se a abertura da CPI poderia ser um “ataque” contra Boulos, Salles ressaltou que o objetivo é outro: investigar a atuação do MTST. “Não digo atacar, mas acho que é legítimo mostrar o que esse grupo faz nas cidades”, disse. “Os brasileiros querem saber qual é a coincidência de comportamento e de procedimentos entre o que se faz no campo e as invasões das cidades.”
Salles afirmou também que a participação de Boulos na CPI seria legítima, “até porque ele é deputado federal, pode vir à comissão a qualquer momento”.
