Um edital lançado nesta sexta-feira pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai escolher a instituição que vai gerir o fundo de R$ 20 milhões já anunciado pelo banco, para ações de fortalecimento e revitalização da região da Pequena África, no Rio de Janeiro.
Além do Cais do Valongo, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, principal porto de entrada de milhares de africanos escravizados no Brasil e nas Américas, a região abriga outros símbolos de memória da herança africana na cidade.
Para se candidatar, a instituição deve comprovar compromisso com a luta pela igualdade racial, com histórico de ações voltadas para a pauta racial e propostas de ações afirmativas, além contar com no mínimo 30 porcento de profissionais negros.
O presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, ressaltou a importância de investir na preservação de uma história de resistência cultural e política de tantas gerações atravessadas pela diáspora africana.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, considera simbólico que o lançamento do edital e outros eventos da luta contra o racismo tenham ocorrido na mesma semana em que surgiram novos elementos para esclarecimento da morte da irmã, Marielle Franco.
As inscrições para a seleção do gestor da iniciativa Viva Pequena África ficam abertas até o dia 11 de setembro. Os resultados serão divulgados no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
O Fundo vai apoiar projetos de instituições sem fins lucrativos ligados à identidade cultural afro-brasileira ou à memória e herança africana na região da Pequena África.
Os detalhes do edital podem ser encontrados no site do BNDES.