Mais de 120 artistas dos nove estados da Amazônia Legal brasileira e de outros sete países da região Pan-Amazônia terão obras expostas na primeira edição da Bienal das Amazônias que abre sua programação nesta sexta-feira (4) em Belém do Pará.
A Bienal quer apresentar ao público a produção artístico-cultural contemporânea feita por artistas e coletivos da Amazônia Brasileira e Internacional. Este é o norte para o trabalho de curadoria do coletivo composto apenas por mulheres, são elas: a antropóloga de origem indígena Sandra Benites, curadora adjunta do Masp; Keyna Eleison, mestre em História da Arte e ex-diretora artística do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; a doutora em Artes Visuais Flavya Mutran e pela curadora e arte historiadora, radicada em Belém, Vânia Leal.
Com ações espalhadas por Belém, o principal espaço da Bienal não será um museu ou centro cultural da capital, mas um prédio desativado de uma antiga loja de departamentos com quatro pavimentos e quase oito mil metros quadrados. O local vai receber apresentações performáticas que foram selecionadas através de edital público e que dialogam com o audiovisual, a fotografia, literatura e a música. Vinte obras públicas também estarão expostas em diversos endereços da capital paraense.
A fotógrafa paraense Elza Lima será uma das homenageadas do evento. Seus mais de 40 anos de profissão registrando ribeirinhos, caboclos, a natureza, a cultura popular da região amazônica e a infância cotidiana das comunidades da floresta poderão ser vistos durante o evento.
A primeira edição da Bienal das Amazônias é realizada através da Lei de Incentivo Federal à Cultura Rouanet e segue até o dia 5 de novembro. Nas redes sociais oficiais do evento é possível acompanhar detalhes da programação.