Assédio é comum entre mulheres profissionais de música

Cultura

Levantamento feito pela União Brasileira de Compositores aponta que 8 em cada 10 mulheres profissionais da música já sofreram assédio em algum momento da carreira no mercado fonográfico e quase 9 também em um universo de 10 foram vítimas de discriminação de gênero no ambiente de trabalho.

Segundo a gerente de Comunicação da UBC e coordenadora do projeto, Camila Ventura, a edição complementar do relatório Por Elas Que Fazem A Música 2023, apresentada nesta semana, revela dificuldades e experiências pessoais de mulheres em depoimentos sobre a misoginia no mercado musical, uma realidade de um ambiente que é silenciosamente hostil a elas.

A edição anual do relatório foi lançada em março.

Camila salienta que a União Brasileira de Compositores tem acompanhado casos recentes de discriminação e assédio na indústria do entretenimento e a análise mostra que no mercado da música não é diferente.

Por isso, destacou que transformar essa dor em dados mostra a urgência em debater novos modelos de pensamentos e relações e a necessidade de equiparação de direitos, condições de trabalho e rendimentos entre homens e mulheres no mercado musical, o que beneficiaria toda a cadeia produtiva.

Mais de 250 autoras, cantoras, produtoras, intérpretes e profissionais do setor da música do Brasil participaram do levantamento. Muitas deixaram depoimentos sobre situações de discriminação e assédio ligados ao simples fato de serem mulheres. 

Seguindo as classificações do IBGE, a maioria das participantes da pesquisa, 67%, se identificou como branca, seguidas de pardas, 18%, e pretas, 13%. Participaram também mulheres indígenas, 1,5% e amarelas, 0,5%.  65% são heterossexuais e a maior parte delas tem entre 31 e 40 anos.

Da Rádio Nacional no Rio de Janeiro, Cristiane Ribeir

Fonte-Agência Brasil

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