Os arcos da Lapa, cartão postal do Rio Janeiro, testemunham há décadas as diferentes formas do carioca se divertir. Às gerações de artistas, poetas, mendigos e malandros se uniram, mais uma vez, os integrantes dos blocos de carnaval desta sexta-feira (17).
Ali ao lado, a estátua do Zé Pilintra parecia acompanhar os foliões das ‘Carmelitas’, ‘Céu na Terra’ e dos ‘Boêmios da Lapa’ saindo de um bloco para continuar a diversão em outro. Christian Michel é francês e já morou em vários continentes, mas acha os blocos de rua brasileiros uma coisa única.
Apesar da empolgação, nem todo mundo tinha fôlego pra subir os 700 metros da Ladeira de Santa Teresa e chegar em outros blocos. Para isso, contavam com ajuda de motoqueiros, como Leonardo Rodrigues, que usa seu talento como MC para chamar a atenção de quem prefere uma carona na hora de encarar a subida.
No caminho da Ladeira, moradores deixavam as portas abertas, para vender bebidas, oferecer banheiro, qualquer coisa para ganhar um dinheirinho extra. Teve quem preferiu reunir os amigos com cadeira de praia na rua e assistir a folia passar.
Vendo os blocos passarem pela janela de casa, Rodrigo Caldas e a filhinha de dois anos eram só empolgação. Para sorte do pai, a folia é muita, mas não atrapalha o sono da menina, não.
E é bom que ela consiga dormir bem. Até quarta-feira de cinzas, terá ainda muita animação dos blocos de carnaval que passarão pela ruas da capital fluminense.