No início deste ano, antes de ser efetivada como senadora no lugar de Wellington Dias (PT-PI), que se licenciou do cargo para assumir o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a então suplente dele, Jussara Lima (PSD-PI), afirmou que deixaria o partido dela para se filiar ao PT. A troca, no entanto, ainda não se concretizou passados dois meses, e Jussara diz que nada está definido.
No dia da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jussara revelou que mudaria de partido para garantir que o PT não ficasse sem uma cadeira no Senado com a saída de Dias. “Vou me filiar ao PT, pois achei conveniente. O ministro Wellington Dias se afastou e teria uma cadeira do PT. Sempre gostei do PT e na universidade participava dos diretórios acadêmicos. O próprio futuro ministro solicitou isso e nós aceitamos”, disse ela.
A saída dela do PSD para o PT, no entanto, perdeu força desde então. Ao R7, Jussara comentou que a decisão deve ser tomada na próxima semana durante uma reunião do presidente do PSD, Gilberto Kassab, com dirigentes do PT em Brasília.
“Essa questão está sendo dialogada entre o ministro Wellington e o Kassab. Não tem uma previsão ainda. Por enquanto, vou ficar aguardando uma decisão final, principalmente do Kassab”, disse a senadora. “Na realidade, sou do PSD. Quando decidi participar da chapa do Wellington, fui como suplente do PSD. Tem que ser algo conversado”, acrescentou a parlamentar.
Jussara garante que, apesar da afirmação feita no começo de 2023, “não ficou nada definido”. De todo modo, ela promete compor a base governista do Senado se ficar no PSD. “Lá no Piauí, somos parceiros. Nosso partido é de apoiamento ao presidente Lula. Não acho que essa demora gere um desconforto entre a gente.”
A troca de partido de Jussara foi um desejo do PT para evitar o enfraquecimento da bancada da sigla no Senado. Por mais que a senadora manifeste apoio a Lula, o partido espera a saída dela do PSD para garantir que haja fidelidade partidária por parte da parlamentar e evitar eventuais traições nas votações de projetos importantes.