Escolas de samba desfilam sob forte chuva em São Paulo

Cultura

Sob forte chuvas, as sete escolas de samba do Grupo Especial se apresentaram na madrugada de sábado (18) para domingo no Sambódromo do Anhembi.

A primeira escola a se apresentar veio do bairro do Grajaú, na periferia da zona sul de São Paulo. Foi a Estrela do Terceiro Milênio, que fez sua estreia no Grupo do Especial. O enredo homenageou o humor. Bonecos gigantes representaram grande ícones como Os Trapalhões, Jô Soares e Chico Anísio. O desfile foi encerrado com um tributo ao humorista Paulo Gustavo, morto vítima da covid-19 em 2021.

Acadêmico do Tucuruvi  foi a segunda escola a desfilar e trouxe uma homenagem a Bezerra da Silva, fazendo uma relação da vida do sambista com a de milhares de jovens da periferia. Teve ainda espaço para fantasias com críticas sociais, como ao Presidente Caô Caô e ao Pastor Trambiqueiro.

A Mancha Verde, atual campeã, apresentou neste ano o enredo exaltando o Xaxado e o Nordeste, misturando o ritmo com o samba. Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, foi homenageado na forma de um boneco gigante articulado que segurava uma sanfona. Referência também a Padre Cícero e ao Cangaço, com a presença de Expedita da Silva, de 94 anos, filha única de Lampião.

A história do batuque desde a África até o Brasil foi o enredo da Império da Casa Verde. A quarta escola na noite de desfiles apresentou um navio representando a riqueza dos vários ritmos africanos. E do Brasil teve carro alegórico, representando os bailes funk, e alas homenageando as sambistas Ivone Lara, Clara Nunes e Elza Soares.

A Mocidade Alegre, por sua vez, fez um desfile unindo Brasil, Moçambique e o Japão, contando a história de Yasuke, considerado o primeiro samurai negro do mundo. Na bateria os integrantes foram fantasiados de Oda Nobunaga, o grande conquistador japonês.

A penúltima escola a se apresentar foi a Águia de Ouro e no enredo os sonhos e ambições de cada fase da vida. Representando os sonhos da infância teve carro alegórico com fonte de chocolate e futebol. Teve ainda alas com referências à meditação budista com as alas “o Estado do Zen” e “o estado do Nirvana” para falar que a vida é uma ilusão transitória. 

A última escola a entrar na avenida foi a Dragões da Real, exaltando a cultura do estado Paraíba. O tom dourado nas fantasias se destacou, fazendo referência ao fato do estado ser o primeiro do país a receber os raios do sol. Houve menção à festa junina, o carnaval paraibano e também à fé da população. 

A apuração para conhecer a grande campeã do Carnaval de São Paulo será nesta terça-feira (21), às 16 horas, no Sambódromo do Anhembi.

Fonte-Agência Brasil

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