Um Museu de Descobertas. Esse é o nome do evento que marca o início das atividades no novo espaço do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, onde passa a funcionar a Estação Museu Nacional.
A ideia da instituição é possibilitar o contato de estudantes com o acervo da instituição, que teve 80% dos 20 mil exemplares destruídos pelo incêndio de 2 de setembro de 2018.
O espaço permanente, que foi inaugurado nesta quinta-feira, tem o tamanho aproximado de cinco quadras poliesportivas e conta com um acervo que vai de fósseis, representação de dinossauros, rãs, borboletas, artigos indígenas, símbolos do folclore e da cultura brasileira, a itens do Egito Antigo, como a reprodução de um sarcófago.
O diretor do museu, Alexander Kellner, enfatiza que a abertura do espaço de visitação representa a conclusão de mais uma etapa rumo ao renascimento da instituição. “O museu, nem no seu pior momento da história recente, que foi o incêndio em 2 de setembro de 2018, acabou; o museu transcende a questão da exposição. Nossos pesquisadores continuaram a fazer pesquisas, nossos alunos não deixaram de defender suas dissertações e teses. O que faltava? A questão expositiva, que também trabalhávamos”, conta.
A diretora de integração museu e sociedade do Museu Nacional, a paleontóloga Juliana Sayão, fala da importância e representatividade do local: “A exposição Museu de Descobertas não tem esse nome por acaso. Um museu não é plenamente um espaço onde os objetos estão ali contando uma história. Ele traz a descoberta e a informação que esses objetos carregam, uma história que é contada. E o Museu de Descobertas retrata descobertas feitas pelos nossos servidores após o incêndio.”
Segundo Juliana, o nome “Estação” é uma referência a duas localidades próximas ao espaço inaugurado: a estação de metrô e trem São Cristóvão — que liga a zona norte ao centro e à zona sul do Rio — e a Estação Primeira de Mangueira, que fica aos pés do Morro da Mangueira.
Além de pesquisa científica nas áreas de antropologia, botânica, entomologia, geologia e paleontologia, vertebrados e invertebrados, o Museu Nacional realiza cursos de pós-graduação em antropologia social, arqueologia, botânica, linguística e línguas indígenas, zoologia e geociências.
O projeto Estação Museu Nacional está aberto à visitação de grupos de estudantes de até 40 pessoas, de terça a sexta-feira, em dois horários: 10h e 14h. Para participar, basta enviar mensagem para o e-mail agendamento.nap@mm.ufrj.br.