458 anos do Rio: lugares pouco conhecidos contam a história da cidade

Cultura

Boa parte daqueles que visitam a Igreja de São Sebastião, na zona norte do Rio de Janeiro, não sabem da importância da “Igreja dos Capuchinhos”, como ela é popularmente conhecida.

Além de ser dedicada ao Padroeiro da Cidade Maravilhosa, a igreja abriga uma imponente pedra de granito, que foi fincada por Estácio de Sá para marcar a fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, no dia primeiro de Março de 1565.

Com mais de 2 metros de altura, a pedra originalmente teria sido colocada às margens da Baía de Guanabara, mas depois foi levada para a Igreja. E como a colonização portuguesa veio atrelada à catequização católica, está não é a única igreja que conta a história de formação do Rio, como explica o historiador Rafael Mattoso.

Espalhados pela cidade, há muitos monumentos históricos pouco conhecidos da população carioca e menos ainda dos milhões de turistas que visitam o Rio de Janeiro anualmente. E alguns deles resistiram a grandes mudanças ocorridas nos últimos 458 anos. O Morro do Castelo, por exemplo, onde a ocupação do Rio de Janeiro começou, foi literalmente posto abaixo no início do século passado. Mas Rafael Mattoso conta que alguns vestígios ainda podem ser vistos.

Mas a cidade não começou com a chegada dos portugueses. O jornalista Rafael Freitas, autor do livro “O Rio antes do Rio” e biógrafo de Araribóia, o principal líder indígena do século XVI, reforça a herança indígena que a cidade carrega. Um exemplo é o nome do principal estádio do Brasil, o Maracanã, palavra de origem TUPI, que nomeia uma espécie de papagaio abundante na região àquela época e que significa “como o chocalho maracá”.

Apesar de os povos indígenas do Rio de Janeiro terem sido praticamente dizimados, a contribuição deles para a formação da cidade continua. Que digam os cariocas, termo que nomeia a pessoa nascida na capital fluminense. A palavra é de origem tupi. Seu significado é casa de branco.

Já Guanabara, que é o nome da Baía que banha grande parte do litoral carioca, significa   “Braço de Mar” em tupi-guarani.  Descoberta pelos portugueses em janeiro de 1502, a formação foi confundida como a foz de um grande rio e por ser janeiro, foi então chamada de Rio de Janeiro, batizando a cidade e o estado.

Fonte-Agência Brasil

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